Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1966. O dia 21 de março foi escolhido em memória ao Massacre de Sharpeville, ocorrido na mesma data, em 1960, na África do Sul.
Na ocasião, 69 pessoas foram assassinadas pelas forças do Estado da província de Gauteng, por protestarem contra o Apartheid.
Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial e suas origens no Apartheid
O Apartheid foi uma política de separação de raças que tirou direitos da população negra, tornando esse público dependente da população branca da África do Sul.
Durante a década de 1940, o regime contava com a Lei de Passe, que exigia que as pessoas negras portassem uma caderneta que indicasse os lugares e horários que poderiam circular pela cidade. Caso não apresentasse a autorização, as forças policiais poderiam deter essas pessoas.
Por conta desse cenário de opressão, em 1960, nacionalistas africanos decidiram organizar uma série de manifestações.
No entanto, na cidade de Sharpeville, os policiais responderam à manifestação pacífica com poder de fogo, matando 69 pessoas e deixando mais 180 feridos.
O fato repercutiu por todo o mundo, que virou o olhar para o regime do Apartheid da África do Sul.
Seis anos depois, em 1966, a ONU decretaria o Dia Internacional de Luta pela Discriminação Racial em prol da luta mundial conta o racismo.
Como a discriminação racial impacta os relacionamentos sociais
A disciminação racial é um comportamento que acompanha a humanidade há séculos e pode ser descrita como a distinção, exclusão, restrição ou preferência por determinada raça, nacionalidade, ascendência, cor ou ética.
No Brasil o termo mais utilizado para se referir à discriminação racial é racismo, que também costuma ser mais associado às pessoas negras.
Isso acontece por causa do passado escravocrata do país, em que os povos africanos e seus descendentes chegaram ao país para servirem como escravos.
O tempo passou e a escravidão foi abolida, mas é claro que questões sociais, culturais e econômicas que estão atreladas à discriminação continuaram a fazer parte do cenário do país.
E não falamos apenas de atitudes, comentários, comportamentos e violência, mas também de desigualdades de oportunidade de acesso à educação e ao mercado de trabalho, maior população carcerária e índice de homicídios contra pessoas negras.
Tudo isso porque o racismo já se tornou parte da sociedade brasileira e, assim, quando falamos em racismo estrutural, a lista de agressões e disparidades é infinita e reverbera em todos os aspectos das vidas da população negra.
É importante entender que, no Brasil, a luta contra a discriminação racial se intensificou apenas após a Constituição Federal de 1988, que incluiu crime de racismo como inafiançável e imprescritível.
No entanto, o tema ainda exige políticas de inclusão mais eficazes e o cumprimento efetivo da legislação.
Isso porque a discriminação racial impacta diretamente nas relacões sociais e de trabalho, dificultando o acesso das pessoas à saúde, às oportunnidades de emprego e condições de vida digna.
As consequências advindas dos atos discriminatórios são muitas, dentre elas podemos citar a depressão, baixa autoestima, agressividade, desvios de comportamento e dificuldades na aprendizagem.
O impacto do preconceito afeta todas as esferas da vida da vítima, assim como se reflete nas pessoas à sua volta, dificultando a construção de relacionamentos saudáveis e criativos.
Como as empresas podem ser aliadas às pautas do Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial
Durante muitos anos, a sociedade foi omissa quando o assunto envolvia situação de conflito causada pelo racismo.
Questões como dar preferência à um profissional branco em vez de um negro para cargo de chefia, por exemplo, levando como diferencial apenas a cor da pele, sequer era visto como um problema de gestão e preconceito.
Como sempre vale a pena lembrar, os números não mentem. De acordo com informações do Ministério Público do Trabalho, no ano de 2019, trabalhadores negros receberam um salário médio de R$2.200,00.
Enquanto isso, a média salarial dos profissionais brancos foi de R$4.000,00. Além disso, quando o assunto é cargo de direção, apenas 29% das vagas são ocupadas por pessoas negras.
Não que estejamos afirmando que esse panorama mudou completamente nos dias atuais, os números não nos deixam mentir. Mas as pessoas negras têm ganhado cada vez mais a voz e o reconhecimento que merecem, com o mercado caminhando em direção às reparações devidas.
Assim, é através de um debate consciente, que realmente tenha como objetivo realinhar os rumos de nossa história, que mudanças efetivas serão possíveis dentro das empresas. E, em consequência, nos ambientes de trabalho e no mercado como um todo.
Assim, diversas empresas estão fazendo parte dessa mudança da realidade, tanto pelo viés social, como também pelo fato de que o racismo é capaz de prejudicar a retenção de talentos, o clima organizacional e até mesmo nos lucros.
Por isso, para ser uma empresa que apoia a diversidade e inclusão, é preciso alterar diversas esferas de seu funcionamento e estrutura. E isso deve ser feito através da implantação de ações de conscientização, práticas de combate a discriminação racial e a punição aos infratores.
Sem dúvidas é uma pauta extensa, desafiadora e que não acontece de um dia para outro.
E é por isso que você precisa contar com uma parceria que seja expert no tema, como a Profissas. Somos uma Escola de Inclusão e Diversidade que ajuda empresas no processo de educação corporativa.
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