O Museu do Louvre, em Paris, é um dos maiores e mais populares museus do mundo. É lá que se encontra a Mona Lisa, a Vênus de Milo e outras 380 mil obras de artes criadas pelos maiores artistas da história, como Michelangelo, Goya e Leonardo da Vinci.
Para se ter uma ideia da dimensão do Louvre, o site The Love List calculou que, se uma pessoa decidisse ver – por apenas 30 segundos – cada uma das peças dentro do museu, ele levaria “apenas” 100 dias.
Em 2015 eu tive a oportunidade de visitar o Louvre, durante meu mochilão pela Europa.
Foi uma experiência incrível, é claro. Não é todo o dia que você tem a oportunidade de estar diante de quadros valorizados em mais de 100 milhões de dólares e esculturas feitas há mais de 7000 anos, mas ao terminar a visita eu só conseguia pensar em uma coisa:
“Cara, eu não entendo absolutamente nada de arte”.
Por que esta obra aqui é tão famosa? Por que aquela ali precisa de três seguranças para protegê-la? E este artista aqui, por que ele tem uma galeria exclusiva no maior museu do mundo?
Por mais legal que tenha sido ver a Mona Lisa (que cá entre nós, não tem nada demais…), eu percebi que a minha visita ao Louvre poderia ter sido muito melhor aproveitada se eu entendesse o mínimo de arte – ou pelo menos, como apreciar arte.
E foi assim que meu desejo de entender arte começou.
O que é arte?
A definição mais clássica diz que arte é “algo inerente ao ser humano, feito por artistas a partir de um senso estético, com o objetivo de despertar e estimular o interesse da consciência de um ou mais espectadores, além de causar algum efeito”.
Sim, essa definição mais confunde do que esclarece as coisas e, do meu ponto de vista, é um dos motivos pelos quais todo o mundo evita conversar sobre arte – com exceção, é claro, dos acadêmicos que criam essas definições nem um pouco práticas.
Por isso, vamos combinar uma coisa:
Arte é uma expressão de sentimento ou emoção humana.
Essa expressão pode ser representada por pinturas, esculturas, desenhos, fotografias, dobraduras de papel, sons, movimentos corporais ou qualquer outro meio físico, material.
O primeiro registro de arte talvez seja as marcas da ilha de Sulawesi, na Indonésia. Por algum motivo, o dono (ou dona) daquela mão, há 39 mil anos, queria registrar sua presença naquele lugar, naquele momento.
Aproximadamente 40 mil anos depois, o jogo “Journey” foi considerado por muitos especialistas mais uma obra de arte digital do que um jogo propriamente dito – e depois de assistir o vídeo abaixo, não é difícil entender o porquê.
Como mencionei, encontrar a melhor definição para arte foi o primeiro passo que tomei para, de fato, entender e apreciar este mundo do abstrato, até então desconhecido para mim.
Mas por que algumas obras de arte valem tanto dinheiro e outras, às vezes até esteticamente mais bonitas, vão parar em lojas de R$ 1,99 ou são simplesmente jogadas no lixo?
O que torna uma obra de arte “boa” ou “ruim”?
Ao contrário da primeira pergunta, não foi tão simples responder o que torna uma arte “boa” ou “ruim”.
Por mais que eu pesquisasse sobre os critérios de avaliação de obras de arte, geralmente utilizados por leiloeiros e colecionadores, sempre ficava com a sensação de que a escolha no fim das contas era mais baseada em quem era o artista do que na qualidade da obra em si.
A conclusão que cheguei foi que o fator político só tem “força” até um certo ponto. Uma pintura produzida por um milionário influente pode ser “supervalorizada” naquela bolha social, composta por puxa-sacos e instituições privadas, mas definitivamente não resistem ao avaliador mais rígido de todos: o tempo.
Qualquer pessoa famosa que se arrisque no mundo artístico pode ganhar as manchetes hoje, mas será que sua obra será lembrada daqui há 200 anos?
Outra grande revelação que tive durante o processo foi que o que torna uma arte “boa” não tem nada a ver com a beleza estética dela.
A obra Guernica de Picasso, por exemplo, é um ótimo exemplo.
Como você pode ver abaixo, ela não tem nada de sofisticado, é confusa e está longe de ser “bonita”, mas possui uma característica presente em praticamente todas as grandes obras de arte da história: ela é provocativa.
Pessoas caídas no chão, um olho (ou lâmpada?) sobre o campo de batalha, um boi, uma vela… É impossível olhar para este quadro e não se perguntar, no mínimo, “o que está acontecendo aí?”
Em outras palavras, uma boa obra de arte é aquela que te desperta um desejo incontrolável de reflexão, que você simplesmente não pode tirar os olhos. Algo que desperta os seus sentimentos mais profundos e abre a sua mente para novos insights.
Como apreciar arte me tornou um profissional melhor
Confesso que um dos pontos que mais me convenceram a começar a apreciar arte não foi seu potencial em despertar sentimentos e reflexões, mas sim a sua utilidade no dia a dia.
A arte pode nos dar esperança, nos confortar em momentos de solidão e, principalmente, nos ajudar a ver o mundo em duas perspectivas: como ele de fato é e como ele pode ser.
Para provar isso, basta observar o impacto que certos movimentos artísticos como a Renascença, o movimento hippie e próprio rock’n roll tiveram ao longo de nossa história.
Se isso tudo parece muito abstrato para você, devo dizer que apreciar arte atualmente tem um impacto significativo em minha vida profissional.
Atuando em um meio bastante analítico, baseado em métricas e metas que precisam ser mensuradas por números, ter uma percepção mais contemplativa sobre algumas estratégias de marketing, como se eu estivesse olhando para uma pintura mesmo, me ajuda a compreender mensagens que nem sempre são colocadas de forma explícita.
O Facebook, por exemplo, não tenta te convencer que você precisa dele para viver feliz, mas passa esta mensagem ao valorizar as suas lembranças e permitir que você as compartilhe com seus amigos.
Outro exemplo é a Apple. Ela não precisa dizer letra por letra que seus produtos são minimalistas e desenvolvimentos para pessoas “fodas”. Basta você segurar um Macbook Air ou entrar numa Apple Store para perceber isso.
Usei como exemplo o Facebook e a Apple porque todo mundo as conhece, mas muitos negócios pequenos também sabem se comportar como artistas – ou seja, passar uma mensagem por meio de emoções.
O cheiro de pão quando você passa em frente a padaria, o cafézinho que o restaurante serve gratuitamente após o almoço e a menina que te chama pelo nome quando o seu milk shake está pronto…
Assim como o pintor Munch queria despertar a emoção de “medo” quando pintou a obra “O Grito”, empresas querem te despertar a emoção de “contentamento” quando usam essas estratégias.
Considerações finais para os “não-artista”
A próxima vez que você se deparar com uma música ou uma pintura que você não entende, não desista tão rápido.
Pare, fique em silêncio e reflita sobre o que você está vendo: qual é a mensagem que aquela obra de arte quer passar? Quais são os sentimentos que ela te desperta?
Vamos fazer um exercício?
Observe a obra abaixo e, sem pesquisar quem é o autor ou época em que ela foi criada, responda a seguinte pergunta nos comentários:
Se você pudesse resumir esta obra em um sentimento, qual ele seria?
A definição que eu daria pro quadro acima é: “o tio chegou e trouxe chocolates!!”
Hahaha muito bom! Confesso que esta interpretação foi a mais original que já vi. 🙂
Muito bom texto. Gostoso de ler e instigante.
Eu sou suspeito pra falar porque sou um consumidor de vários tipos de arte, e um curioso profissional. Mas, de fato, a arte melhora a nossa percepção do mundo, o que nos faz crescer como profissionais, mas antes disso nos torna pessoas melhores.
Exatamente, Valter! Eu infelizmente fui entender isso meio tarde, depois de tomar vários “porradas” da vida. Mas que bom que você curtiu o texto, acompanho as suas produção no Youtube e te admiro bastante.
Que belo texto, Igor!
Sobre o desafio que você nos trouxe: esse quadro me passa uma sensação de angustia, quase medo sobre o que esse cara veio fazer ali, como se ele tivesse vindo dar uma notícia ruim, ou fazer algo que as pessoas ali não gostam.
Isso! Angústia é uma ótima palavra pra descrever… Não chega a ser medo, mas sim uma espécie de “desconfiança + impressão de que vai dar merda”.
Para mim, o sentimento que resume essa obra é tensão.
Pela postura corporal de todas as mulheres no quadro, ninguém sabe o que esperar do homem. Está todo mundo tenso. A mulher atrás da moça que abriu a porta parece ter medo, pois ela o observa de longe, sem querer que ele saiba que ela está ali. O único que parece feliz no quadro é o menino, no canto esquerdo. Talvez isso represente o relacionamento daquela família, todos temiam pelo Homem, menos o menino, que seria o próximo a se transformar em um.
Caraca, que interpretação foda! Eu sempre pensei que o menino estivesse ‘feliz” por inocência mesmo, mas lendo o seu comentário penso que possa ser uma espécie de admiração… Tipo “eu quero ser assim quando crescer!”
Texto maravilhoso!
As reflexões sobre as empresas e marcas foi realmente um ponto de vista de quem vê além do óbvio mesmo, um apreciador de detalhes. Adorei!
Sobre a obra a definir, diria que a palavra é surpresa. Como se fosse alguém que a muito tempo não aparecia ou que ninguém acreditava que voltaria (um judeu em campo de concentração ou um soldado da guerra) por isso a emoção da moça antes da porta e a alegria da criança na mesa e a surpresa de todos ali!
O homem parece estar em volto com uma espécie de aura que causa tais sentimentos, como se tivesse conseguido informações importantes de fora (por exemplo na cidade), e tem um quadro dele na parede, logo ele mora ali, então ele está prestes a contar ou perguntar algo importante… Por isso o sentimento para resumir a obra ao meu ponto de vista, seria o resultado da fusão entre 3 sentimentos, a surpresa, a inquietude e a ansiedade.
Espanto. A obra me conta sobra uma família que não esperava o regresso desse homem ( que deve ser marido/pai/patrão), talvez achassem que ele não voltaria mais ou que estivesse morto. Como as mulheres são mais dramáticas, estão parecendo assustadas e o garoto feliz por ter a presença masculina de volta.
“Espanto”… O marido voltando da guerra depois de 10 anos… os filhos ja cresceram… a mulher olha com espanto, pois acreditou que ele havia morrido… Muito claro para mim.
Eu acabei de chegar da Bienal de arte e fui buscar sobre arte no Google, amei esse post. Acho que o sentimentos seria ansiedade, ficaria muito ansioso por saber o que aquele cara tem pra dizer.
Me passou a impressão de reencontro, a partir disso vem uma notícia ruim, quase como se estivessem esperando algo ou uma resposta.
Papai foi para a guerra e agora esse homem volta para anunciar que a família ganhará uma medalha.
Em relação ao exercício:
Pela postura da mulher – se ela estivesse assustada de modo ruim, não teria ido em direção ao homem -, ela está incrédula, aliviada, emocionada ou feliz em vê-lo ali. Acredito que é mais a primeira e segunda opção. O homem parece sério, e seja o que for que ele esteve fazendo, não me parece bom. Parece alguém que saiu de casa por muito tempo e voltou só agora. O mesmo das mulher ao fundo (a mais escondida), mas por um minuto eu pensei que ela estivesse com medo. Pode ser, certo? Ela pode estar com medo do homem por ambos ali terem pensado o pior do paradeiro do mesmo, acreditando então, em ver uma assombração ou algo do tipo. E também pode ser timidez, ficamos sem saber o que fazer quando alguém de longe retorna (e não somos tão próximos da pessoa). A garota que aparentava estar tocando piano me parece surpresa, levemente amedrontada. O menino ao lado do de branco parece ligeiramente feliz, o que só me faz crer mais ainda que o homem que passa pela porta é alguém que esteve fora por bastante tempo. Confesso que o menino de branco me deu trabalho. Sua feição é sinistra. Ele pode ser alguém que sente remorso desse homem, pode estar com medo (daqueles que não transparecem como são), ou o menino era o único ali que acreditava que o homem estava vivo ou que iria retornar, e sendo assim, não ficou surpreso com sua volta.
Eu interpreto da seguinte forma.
O retorno de um parente em um ambiente melancolico e deprimente. O olhar de algumass é de surpresa e contentamento,observa-se sorriso entre seus lábios ,( as meninas ) ,ja as criadas e uma outra bambina sentada passam tristeza e raiva no olhar com a sua chegada, ja a senhora que vai em seu encontro demonstra uma triste e inacreditável surpresa. Resumo = O retorno do indesejável
O dia que o filho a casa torna .
Apreensão
Esse quadro passa o medo angustia e susto que estas moça levaram ao ver este homem chegar.O mendo delas e tão grande que uma esta para correr.
sentimento de perplexidade ao ver seu filho chegar apos ficar viuva de seu pai!
espanto da mae ao ver seu filho chegar!
Uma família de classe média. Os quadros na parede representam bem a geração e orgulho familiar. A menina, um pouco apreensiva, deixa de treinar o seu piano e olha atentamente para o homem que acaba de adentrar. A mulher de preto, que acaba de levantar é a mãe, que está de luto pela partida do marido para alguma guerra e não se tem notícias a algum tempo. As vestimentas de cor preta, tanto dela quanto dos filhos ratificam isso (a menina do piano e o menino sentado). O rosto da criança de branco sentada é de indiferença, e seu olhar, mais curioso do que tenso, dá a entender que ela não tem relação de convivência com a família. A posição da cadeira da mãe de preto mostra que ela é uma professora domiciliar e está ali ensinando os filhos e outra criança (a de branco, que olha para o homem com uma pergunta: o que está acontecendo aqui?).
O homem se aproxima para dar uma notícia muito triste e talvez já esperada. Todos querem acabar com a angústia e tensão de muitos anos. Ele está firme, ereto e com passos tímidos e seu chapéu no abdomen é um gesto de condolência neste momento. Talvez seja um amigo que lutou com ele na guerra? Um irmão? Os trapos que ele veste não dão a impressão de ser um agente militar.
A mulher que segura a porta já sabe a notícia, pelo seu semblante não mais de susto ou tensão, mas de pranto.
O menino foi o que mais me chamou atenção. A ingenuidade atrelada a sua pouca idade não o faz enxergar as expressões sociais daquele momento, o que confirma sua hipótese de que o pai ainda está vivo e que a notícia que o homem trará é boa. Talvez ele mesmo já conheça o homem, amigo ou parente de seu pai, e talvez até tenham brincados juntos. Um pensamento tipo: Olha o tio Donald!
ansiedade, uma pessoa no caso a senhora que espera por alguma noticia, com a entrada do homem no recinto
o chefe da casa chegando,as crianças,ficam felizes
Olá! Trouxe uma boa receptividade sobre o tema e fez com que eu desse total atenção a ele.
Quanto ao sentimento da obra, a primeira coisa que veio a meste foi medo de uma má notícia que este senhor poderia trazer.
felicidade (ele voltou, o homem que talvez estava morto.
Parece uma pessoa trazendo notícias da guerra. Pelo olhar das crianças, a da direita tem esperança de boas notícias. A do meio está com cara de “não to nem aí pra o que vc vai falar” me parece uma criança que há mto tempo se consola pela falta de alguém e não tá nem aí para as notícias q vai receber. A criança da esquerda me parece um pouco apreensiva, com medo do que o senhor vai falar. A empregada está fazendo o papel que tem que cumprir. A pessoa atrás da empregada está apreensiva com as notícias, muito ansiosa. A idosa, com muita sabedoria, escuta o senhor tentando ser racional e o mais controlada possível. Essa tela me passa uma sensação de empatia pq é uma situação atemporal. Todo mundo passa por isso quando alguém da família está doente ou quando algum amigo está hospitalizado ou doente tipo Alzheimer, esperando o tempo acabar. Enfim, sensação de finitude… o que é normal.
O sentimendo que o quadro me desperta é ‘incerteza’. As expressões são variadas, em relação ao sombrio homem que adentra ao recinto. A pessoa que abre a porta, o olha como se soubesse que traz más notícias; as crianças tem um misto de alegria, desprezo e espanto e a mulher que anda em direção a ele demonstra ansiedade, como quem aguarda notícias e não tem certeza se elas são boas ou ruins.
Espanto saudade surpresa mistério
surpresa seguida de expetativa…filhos de diferentes idades olham para o pai que chega, com olhares que mostram o tanto que conheciam desse pai, que volta, não sei de onde após longo tempo. A esposa assustada e sem saber como agir…as criadas curiosas (ou a mulher de trás, no outro compartimento seria a sogra!? A família estava bem…piano, leitura. Tenho a impressão de que tudo vai acabar bem!
me parece que o senhor que chega não aparecia a um bom tempo, a forma como a mulher levanta da poltrona, o rosto da moça a direita de surpresa e felicidade, a menina menor parece q não conhece o senhor, me passa a impressão q ele sumiu a muito tempo pelo não reconhecimento da menor. O rosto de surpresa da moça q esta no piano tbm me sugere isso. Acho q a senhora q levanta é a esposa e as moças são filhas do senhor q adentra a sala.
Nunca tive a oportunidade de ir á um museu, um dia sei q irei.
Seria uma pessoa importante que foi visitar essa família, que a muito tempo não aparecia, e que a empregada o conduziu até a sala onde estavam as crianças se expressava um com alegria outro observava e anfitriã se levantava para recebê-lo…
Gostei muito do seu texto.
Eu tive a sensação de susto ao ver o quadro.
Abraços.
Super gostei do contexto, e da forma que desenvolveu o tema, deverás tornou-o instigante para os leigos sobre arte estarem presos ao tema todo o tempo, pois isso ocorreu comigo… parabéns pelas excelentes definições.
As pessoas de forma geral parecem não acreditar nos que os olhos vêem. A sala é basicamente tomada por mulheres adultas, crianças sendo, uma menina e um menino. O menino demostra felicidade com um sorriso, o que dá a entender que não é uma pessoa desconhecida.A menina parece um pouco acanhada, como não se lembra-se tanto assim do homem que chegou. A mulher em pé de preto (o que normalmente representa luto) parece juntar forças para se aproximar do homem que está a sua frente,…. como se ela já tivesse perdido a esperança de vê-lo vivo novamente. Todo cenário, vestimenta, remete a uma família com posse, inclusive pela presença de quadros fotográficos… do lado direito(segundo nossa visão), temos fotos na parede, e uma delas a nossa direita, embora a foto esteja de perfil, parece ser do homem que esta na sala. Então concluo que o homem, faz parte da família e retornou de repente de uma gerra ou algum lugar onde passou muito tempo onde todos já não tinha mais esperança desse retorno.
Na minha percepção essa imagem representa esperança…no caso o homem que atravessa a porta é observado com tensão, esperança e angustia, uma vez que este pode ser um médico que veio tratar de um enfermo.
Mostra o inesperado retorno de um revolucionário russo de um exílio na Sibéria. A ideia do quadro surgiu na ascensão ligada à conclusão da “Procissão Sagrada”. Aqui tudo é visto bem na frente do espectador. O autor está claramente presente em algum lugar próximo, observando, ouvindo, discutindo. Nós o encontramos à direita em primeiro plano por uma cabeça característica, familiar de seus autorretratos desses anos, e a inclinação igualmente característica dos ombros. Pode-se ver que o quadro foi pintado repetidamente, o papel de cada personagem esclarecido, sua colocação na intersecção de vistas e raios de luz; um espaço livre preservado na frente deles. Repin trabalhou na tela duas vezes mais do que na “Procissão da Cruz”, ele sentiu seu caminho para a “vagando”, trama esquiva. “Eles não esperavam por ele” foi precedido por uma viagem à Espanha, a cópia de Velazquez nos salões do Museo Prado. Repin contrastou “teorias do gabinete” e “A Verdade da Vida”. Isso o levou a misturar as proporções de especulativo e cotidiano, permitiu-lhe combinar o espaço intelectual do plano com o interior da casa em Martyshkene, onde ele percebeu.
É impossível imaginar que, à luz clara de um dia tranquilo, este estranho homem fantasma aparece timidamente, sem dúvida, que ele acabou de andar ao longo da grama ensolarada esverdeando através do vidro da varanda, que ele permanecerá nesta sala onde todos, exceto ele, tem um lugar. Há uma história triste sobre o retorno, e não esperar, que é tão difícil de entender um ao outro.
Expectativa!
Parece ser um reencontro, uma ansiedade suprida.
Temor
Gostei muito das informações. Espero apreciar melhor as obras de arte a partir delas.
Olá! Obrigada por compartilhar sua experiência..
A arte da a impressão de que a família sabe que poderá receber uma notícia nada agradável do homem que está entrando por isso existem uma expressão de muita anciedade.
Que desafio legal!!! Me parece que o pai de familia finalmente retornou ao lar, depois de tanto tempo que saiu de casa sem deixar nenhum recado!
Esse parece o motivo de todos estarem surpresos, depois de passarem talvez, anos pensando que o homem estava morto ele aparece de repente da mesma forma que sumiu, por isso esse menininho se mostra feliz, já a menininha que nem se lembra mais dele deve estar pensando: Quem é esse cara? A esposa repentinamente se levanta para ter certeza de que , de fato, esse homem é mesmo o seu esposo.
Sendo assim, minha definição para esse quadro é: SUPRESAAAA.
Provavelmente o próximo passo foi de toda familia abraçando o pai e interessados em uma boa explicação para seu sumiço rsrs.