Já falamos aqui no blog sobre o que é uma marca e como ela pode se tornar um símbolo forte não só do produto ou serviço que você vende mas, também, de seus sonhos e ideias.
Agora é hora de falarmos sobre como a sua marca pode te deixar ainda mais próximo do seu consumidor final, através de uma estratégia chamada brand persona.
Sabe aquele amigo do qual você gosta muito e que sempre vive contando casos sobre ele nas rodinhas de conversa com outros grupos? Pois é: você nunca vai falar “tenho um amigo alto, mais ou menos 1,82m, de olhos castanhos, cabelos um pouco grisalhos, meio gordinho, que desde criança gostava muito de ler e jogar futebol e que recentemente se divorciou da esposa, e que foi ao cinema no outro dia para ver um filme e gostou bastante”.
Por mais que tudo isso seja verdade, e descreva perfeitamente seu amigo, se essas características não fizerem parte do que você tem a narrar sobre ele, você não vai contar isso o tempo todo para todas as pessoas. Basicamente você vai resumir tudo como “sabe aquele meu amigo, o Henrique?”, e as pessoas construirão o raciocínio delas baseado em todas essas características do Henrique que não foram ditas, mas que fazem dele o que ele é.
SABE AQUELE MEU AMIGO, O HENRIQUE?
A mesma coisa acontece com sua marca: ela deve ter uma personalidade, deve ter características únicas e deve atender por um nome, sendo essa a trindade do branding bem feito. Mesmo porque se você descrever seu negócio sempre como “tenho uma loja no centro da cidade que vende roupas de diversos tamanhos”, essa vaga explicação pode fazer com que o consumidor chegue ao centro, assuma que qualquer confecção seja a sua e, induzido por erro ou desinteresse, acabe comprando no concorrente.
Como você evita que isso aconteça? Criando uma brand persona, ou personalidade de marca, que faça com que todas as pessoas entendam exatamente a relação entre o que você faz e diz ser.
Sua marca tem que ser seu Henrique, cujas características são marcantes, mas se resumem pelo seu nome.
A construção da brand persona passa pela definição de uma personalidade transparente, clara e objetiva da sua empresa, que vai valorizar os atributos que ela oferece.
Veja o caso do Ponto Frio, por exemplo, que tem no Pinguim sua brand persona (ativíssimo, inclusive, no Twitter). Quando você pensa em Ponto Frio, pensa na loja física de eletroeletrônicos, onde você pode ou não fazer compras. Já quando pensa no Pinguim do Ponto Frio, é remetido a uma imagem divertida, descolada, de um Pinguim que conversa com as pessoas, dá desconto nas redes sociais, se apaixona (tem até namorada)…
Isso acaba virando um dos maiores vínculos da empresa com seu consumidor, porque é bem mais fácil sentir empatia e se relacionar com uma pessoa, um personagem ou uma mascote do que um estabelecimento físico com CNPJ.
Por isso, para estreitar seus laços com os clientes, entenda quais características humanas a sua marca tem, pois é através dessa realidade que ela vai conversar com os consumidores. Exemplos: sua marca é mais formal (se porta com mais elegância, luxo e deferência) ou mais informal (faz brincadeiras e assume um tom mais divertido)?
A sua brand persona não precisa nem ter uma mascote, como Ponto Frio ou Magazine Luiza, que tem a robô Luiza, para se posicionar. Desde que os valores, a comunicação e o público de interesse da marca estejam claros, o recado será passado. Um exemplo é a Netflix, que é tão transparente na construção de sua personalidade que, quando está por trás de uma nova ação, os consumidores e fãs da marca nem precisam ver o logotipo para saber que se trata de uma propaganda dela.
Resumindo, como você vai construir sua brand persona?
- Entendendo sua marca;
- Escolhendo sua voz de posição (que tem que ter a ver com a marca – imagine a comunicação da Netflix sendo feita para uma empresa de cobranças, por exemplo);
- Criando uma personalidade transparente a partir dessas informações;
- Tendo características perenes (você não pode mudar de brand persona a cada campanha que faz; as campanhas podem mudar, a personalidade de marca deve ser sempre a mesma);
- Comunicando sua personalidade ao seu público-alvo em canais onde ele possa se sentir representado.
Com que roupa a marca vai?
O branding perfeito passa pela definição de um logotipo que transmita a linguagem, o propósito e até mesmo a personalidade da marca.
É um símbolo que mostre ao consumidor e à concorrência a identidade da empresa na sua completude. Causar uma boa impressão pela aparência é imprescindível, pois é ela que será lembrada quando alguém falar seu nome.
Exemplo: quando alguém fala Nike, vem instantaneamente à sua cabeça as ações da empresa, todos os tênis que ela já criou ou seu logotipo? Querendo ou não, é o símbolo que comunica tudo isso e muito mais sobre a empresa, não necessitando, sequer, de ter próximo a ele o seu nome: as pessoas saberão que é a Nike só de olhar para aquela “setinha curvada”.
A partir de um bom logotipo e uma brand persona verdadeira, sua marca pode criar estratégias de comunicação para encantar seus consumidores mais vorazes, ou até mesmo aqueles que nem sabem, até então, que sua empresa existe.
Use e abuse do Inbound Marketing, do Storytelling e de outras possibilidades de comunicação estratégicas que vão fortalecer ainda mais a sua marca e fidelizar seus clientes, mas esse é um papo para outra hora. Agora, foque-se em estabelecer as verdades do seu branding, as razões pelas quais sua empresa existe e a forma com que você vai mostrar, através dos seus atributos, que ela é a melhor opção para o seu consumidor.
Se todos os passos estiverem corretos, você terá uma marca amada. E, com muito trabalho, ela pode tornar…
#desculpaotrocadilho 😉
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