Ser mulher, em qualquer espaço da sociedade, significa enfrentar desafios diários. Com o empreendedorismo feminino não seria diferente.
Ocupar um lugar destaque, bem como alcançar a liberdade financeira no mercado de trabalho, ainda é uma conquista recente longe da ideal.
Nesse sentido, empreender possibilita maior liberdade de trabalho, além de poder escolher com quem trabalhar – uma saída para evitar ambientes hostis.
Neste artigo, trouxemos um compilado de informações sobre o empreendedorismo feminino e quais desafios da mulher no mercado de trabalho contribuem para elas optarem por serem empresárias.
Confira abaixo!
O que é empreendedorismo feminino?
O empreendedorismo feminino diz respeito ao engajamento de mulheres em negócios próprios, parcerias ou que compreenda a liderança feminina em altos cargos de empresas.
A iniciativa por parte das mulheres remonta séculos. Mesmo sem a existência do termo, o empreendedorismo já foi a única forma delas ganharem renda.
Seja para sustentar os filhos como mães solo, complementar a renda da família, pagar a própria alforria no caso de escravas ou para auxiliar a própria liberdade financeira.
Em períodos onde o mercado de trabalho não as incluíam, a saída era empreender.
Embora hoje a realidade seja outra, boa parte das situações acima ainda estão presentes. Por isso, muitas mulheres desenvolveram a atividade autônoma como estilo de vida.
Qual a importância do empreendedorismo feminino?
Independente do gênero, o empreendedorismo gera autonomia.
Isso porque as principais características envolvem gerenciar a própria jornada, ter maior flexibilidade, além de poder escolher com quem trabalhar e até mesmo para quem ofertar produtos e serviços.
Contudo, para as mulheres o sentido é ainda mais amplo. No regime CLT, por exemplo, a conquista de cargos importantes e salários iguais aos homens, ainda não contempla todas.
Diante disso, a autonomia trazida pelo empreendedorismo feminino tem mais valor.
Por que é importante apoiar o empreendedorismo feminino?
O processo de empreender das mulheres significa oportunizar a representatividade delas na área, ainda deficitária em tantas outras.
Além da diferença salarial presente no mercado de trabalho, somam-se a eles o preconceito e a convivência em ambientes pouco acolhedores.
Nesse sentido, a gravidez ainda serve como entrave para conseguir um emprego ou promoção, sem contar a hostilidade dos ambientes de trabalho devido a assédios, mais frequentes com o grupo.
Em casa, a presença de relacionamentos abusivos somados à violência doméstica também são frequentes, onde depender financeiramente do agressor dificulta sua realidade.
Logo, apoiar esse movimento, também abre caminho para mudança de perspectiva, autoestima e saúde das mulheres.
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Setor do empreendedorismo feminino no Brasil
Segundo apuração feita pelo IBGE em 2018, cerca de 34% das mulheres são “donas de negócio”.
Conforme dados do Sebrae, pessoas do gênero feminino inscritas como Microempreendedores Individuais (MEI), a estatística sobe para 55%.
Outro dado sobre o tema, trouxe que a escolaridade das mulheres é 16% maior que a dos homens. Em contrapartida, os ganhos são menores.
Da mesma forma, a liberação do crédito para empresárias costuma ter uma diferença de R$13.071 menor que a dos empresários.
O dado acima também é coerente com a taxa inferior de inadimplência em detrimento dos empreendedores. Mesmo assim, a taxa de juros paga por elas é maior.
No mais, os ramos de destaque entre as empreendedoras são:
- Alimentação;
- Moda;
- Beleza.
Principais desafios do empreendedorismo feminino:
#1 Jornada Múltipla
A jornada múltipla vivenciada pelas mulheres acontece devido ao peso cultural que lhes delega o serviço doméstico e cuidado com os filhos.
Outra questão trata-se do acolhimento dos idosos, geralmente aos cuidados das filhas que enfrentam uma jornada de trabalho no tempo restante.
#2 Sexismo
Durante muito tempo, diversas posições de destaque e cargos no mercado de trabalho foram ocupados somente por homens.
A representatividade de mulheres é um movimento recente, ainda desproporcional se comparado com o gênero oposto.
Sendo assim, indivíduos incomodados com a capacidade feminina em liderar, explicar conceitos e se posicionar, acabam explicando questões óbvias que elas já dominam.
Não raro, situações assim ocorrem sem que o homem tenha oportunizado a mulher de emitir sua opinião antes.
#3 Limitação de crédito
A limitação de crédito já é um empecilho para empreendedores em geral.
Contudo, mulheres sofrem discriminação ao receberem o crédito reduzido se comparado com os homens.
Quanto aos empréstimos, nota-se o mesmo tratamento. Os juros são 3,5% mais caros do que para os empresários.
Ainda assim, conforme o Sebrae, quem abusa de valores emprestados costumam ser os donos de negócios.
Conclusão
Todo negócio próprio enfrenta desafios, seja para mantê-lo ou obter lucros. Contudo, no empreendedorismo feminino há outros recortes.
Empresas em geral ainda são passíveis de reproduzir ambientes hostis para mulheres, seja através do sexismo, assédio, dificuldade de promoção e/ou salários abaixo da média.
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