Derivada do termo latim “educare”, educar significa “conduzir para fora” ou direcionar para fora”.
De acordo com o Dicionário Etimológico, o termo “educação” em português possui uma conotação diferente da palavra em inglês.
Enquanto na primeira língua está relacionada também às boas maneiras; no segundo idioma fica restrita ao grau de instrução formal.
Você pode se perguntar: o que a educação tem a ver com o mundo corporativo?
A resposta é: TUDO!
Vivemos em um mundo tecnológico, acelerado, volátil, incerto e globalizado, onde o grande diferencial está nas relações humanas.
Vantagens da educação corporativa
Empresas que apostam na educação corporativa saem à frente, porque agregam valor aos seus stakeholders, aumentam o engajamento entre os diversos níveis hierárquicos e as diferentes gerações que integram o núcleo de trabalho.
Além disso, promovem o bem-estar e o desenvolvimento sustentável, e estimulam a produtividade e a vantagem competitiva.
É justamente a educação corporativa que auxilia gestores de pequenas, médias e grandes corporações a lidarem com a diversidade de gerações que integram o capital humano.
Vivenciamos o início da Era da Transcendência, nos Estados Unidos, marcada pelo envelhecimento populacional e pelo “ser” em detrimento do “ter”; pela satisfação pessoal e profissional, e não apenas financeira.
No Brasil, o processo não é diferente: há uma tendência pela busca por uma renda psíquica, que só pode ser preenchida por um trabalho que satisfaça necessidades emocionais e sociais, que tenha significado.
Por outro lado, os millennials, os nascidos entre a década de 80 até o início dos anos 2000, são voltados à tecnologia, aos fatores sociais, ambientais e de governança.
Tais profissionais possuem características como capacidade de executar diversas tarefas ao mesmo tempo e alta habilidade no relacionamento com clientes.
É interessante notar que eles buscam dar vazão à sua criatividade, em detrimento ao retorno financeiro.
Não é nenhuma novidade que funcionários engajados, satisfeitos e de alta performance dependem de práticas construtivas que viabilizem a internalização, nos mais diversos níveis hierárquicos, da “alma” de um negócio.
E, para que isso ocorra, torna-se imprescindível a utilização de uma poderosa ferramenta: a educação corporativa.
Diante da aceleração das transformações, onde as habilidades comportamentais são tão requeridas quanto as competências técnicas, é necessário às empresas o investimento em educação corporativa, pois, por meio dela, colaboradores podem desenvolver talentos antes inexistentes.
Além disso, o treinamento é capaz de alinhar as estratégias de uma corporação à sua missão, visão e valores.
Engajar, desenvolver e reter
De acordo com estudo realizado pela Association for Talent Development (ATD), empresas que investem mais em treinamento para funcionários alcançam uma produtividade de até 218% superior nos resultados de seus times.
Tais corporações registram aumento de 24% na receita em comparação aos empreendimentos que cortam ou reduzem gastos com a qualificação de suas equipes.
Daí o crescente número de corporações que investem no fator humano, pois colaboradores satisfeitos e qualificados apresentam alta performance.
Indo além: quando as pessoas trabalham com um objetivo comum, a taxa de rotatividade diminui, o que se traduz em economia aos cofres de tais corporações e identificação dos funcionários com as empresas empregadoras.
Um exemplo prático é a Wegmans Food Markets, Inc, citada no livro “Empresas Humanizadas: Pessoas, Propósito, Performance”, de autoria de Raj Sisodia, David B. Wolfe e Jag Sheth.
A corporação foi eleita, por 16 anos consecutivos, uma das “100 melhores empresas para trabalhar” pela revista “Fortune”.
A companhia também esteve entre as 10 melhores durante 11 anos seguidos e foi a número 1 em 2014.
Quer saber o segredo?
A cadeia de supermercados norte-americana oferece vasto treinamento aos funcionários, oferta conhecimento por meio de livros, aulas locais e viagens que proporcionam o aprendizado de novas técnicas.
E, como retorno, os empregados de alta performance entregam mais produtividade.
A taxa de rotatividade anual para empregados de tempo integral na empresa é de apenas 6%, enquanto a média da indústria norte-americana excede 20%.
Outro fato curioso é que a Wegmans poupa em publicidade e propaganda e suas margens operacionais são o dobro das de outros grandes supermercadistas, pois o elevado nível de engajamento dos funcionários se expande além das fronteiras da empresa.
Companhias com perfil semelhante monitoram não apenas a importância da sua marca, como também o valor de seus colaboradores, criando, assim, um ambiente de trabalho feliz e produtivo.
Aposte na gestão de pessoas
Para corporações que têm como foco a humanização, boa gestão de pessoas é um grande negócio.
Tais empreendimentos priorizam dois indicadores do forte valor dos empregados: baixa rotatividade e alta produtividade.
É cada vez maior o número de firmas que percebem que engajar, desenvolver e reter os funcionários certos é uma vantagem competitiva.
A educação corporativa é capaz de promover desenvolvimento de um caráter inspiracional nas organizações, crescimento dos níveis de educação, envolvimento dedicado de todos os stakeholders e redução de custos.
E também possibilita aumento da produtividade, do senso de participação de equipe e da identidade dos funcionários com as organizações onde trabalham; além da geração de oportunidades de crescimento interno e de lealdade por parte dos clientes.
Comprometer-se com a educação humana significa cuidar da cultura organizacional, valorizar a autonomia e a liberdade como forma de valorização dos funcionários, fortalecer o espírito de equipe e criar o senso de responsabilidade corporativa.
E mais: é priorizar as boas práticas de gestão, que possibilitam o surgimento de um espaço de respeito e confiança entre diferentes gerações e níveis hierárquicos.
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