Empreendedorismo

Empreendedores, não esqueçam do conhecimento técnico

O movimento empreendedor dos últimos anos trouxe um certo glamour ao ato de criar sua própria empresa. Além de perseguir o sucesso, muitas pessoas deram a essa atitude ares quase olímpicos, de motivação, superação, espírito de equipe e por aí vai.

Tudo isso é muito bonito – e, acima de tudo, correto.

Realmente não dá para empreender, ou ser um bom profissional nos dias de hoje, sem ter essa gana, um propósito que nos leva pra frente e nos faz enfrentar obstáculos que, em outros contextos, gostaríamos de evitar ao máximo, mesmo que isso custasse nossos sonhos.

Contudo, uma carreira sólida, seja como funcionário ou empreendedor, não se faz apenas de teoria. É preciso conhecimento técnico para que a iniciativa dê certo, seja ela se lançar no mercado como profissional ou abrir um CNPJ que lide com as expectativas dos clientes.

Mas, depois de tanta gente fazendo “empreendedorismo de palco” e te dizendo para confiar na fé que as coisas vem, fica até difícil focar em desenvolver o conhecimento técnico pelas vias corretas.

E só tem um jeito de fazer isso: estudando e colocando em prática.

Por que lapidar minhas habilidades técnicas?

Aqui na Profissas você sempre vai ler diversos conteúdos sobre soft skills, ou seja, habilidades paralelas que fazem nosso valor de mercado aumentar.

Mas… paralelas ao que?

É importante deixar claro que o conhecimento técnico é o primeiro a te abrir as portas de novas oportunidades. E, além disso, é ele quem te prepara, em adiantamento às habilidades pessoais, para muitos desafios do mundo corporativo, principalmente se você quer empreender.

Um exemplo é a pessoa que tem uma ideia incrível de inovação tecnológica e resolve abrir uma empresa ou startup para desenvolver essa ideia. Até aí, tudo ótimo. Só que uma empresa não é só feita da execução de seu principal produto ou serviço: tem planejamento, tem gestão financeira, tem vendas e pós-vendas…

O empreendedor que só domina a sua própria área de expertise pode ter problemas na hora de trabalhar as outras frentes de seu negócio.

Mesmo que contrate alguém para realizar essas tarefas por ele, não conseguirá alinhar as expectativas ou exigir melhores trabalhos se não houver o mínimo de conhecimento técnico.

Como você cobra algo do qual não tem a mais remota ideia do que se trata?

Para quem não quer empreender, a premissa é quase a mesma: você pode até se manter no mercado só com as habilidades técnicas desenvolvidas durante a faculdade. Mas, se não abrir seu leque de conhecimento, corre o risco de ficar desatualizado e não conseguir dar saltos na carreira, por isso habilidades comportamentais também são importantes.

Estudar é preciso

Para usar uma expressão que todos conhecemos de cor, “nunca antes na história desse país” foi tão fácil ter acesso a bons cursos técnicos gastando tão pouco dinheiro.

Cursos focados a desenvolver habilidades que são pertinentes à realidade atual do mercado de trabalho, como os do IEG (que tem até formação em Excel para quem fincou os dois pés nas ciências humanas e não entende nada de planilhas, ainda que precise), podem ser feitos presencialmente e melhorar o currículo de qualquer pessoa que quer se esforçar e ir um pouco mais além.

Seja empreendendo ou colaborando, a regra é clara: quem ficar só na teoria de “seguir os sonhos” vai passar boa parte da vida fazendo exatamente isso, seguindo sem realizar. Triste, mas é verdade.

Para realizar sonhos você precisa juntar seu espírito empreendedor, sua motivação e sua força de vontade ao seu conhecimento técnico e às competências que você desenvolveu, como profissional, durante a vida.

A boa notícia é que nunca é tarde para desenvolver novas habilidades técnicas.

E a melhor notícia é que, para aprender uma coisa nova, qualquer que seja ela (gerenciar, cantar, dançar ou mexer no Excel) você precisa muito mais de dedicação e estudo do que de talento.

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