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Fake News: qual é a importância de combater a desinformação?

Muito se tem falado sobre fake news e o seu impacto nas pessoas e na sociedade. E, por mais que a gente lide com ela o tempo todo – já que ela virou um termo comum nos debates e conversas diárias – ainda é possível que o seu conceito seja visto de forma deturpada.

É verdade que as fake news ou, traduzindo, as notícias falsas, circulam no mundo  há anos, mas costumavam ocorrer de maneira pontual e acabavam alcançando um número reduzido de pessoas.

Com o surgimento da internet e a popularização das redes sociais, a desinformação se tornou frequente e, claro, seu alcance cresceu. Hoje, uma mentira publicada na internet se espalha com muito mais eficácia, já que a facilidade de compartilhamento é um campo prolífico para a desinformação. O próprio efeito viral das publicações faz com que milhares de pessoas, em um curto espaço de tempo e de diversos pontos do globo, sejam facilmente alcançadas por uma notícia falsa.

Assim, os efeitos da fake news podem ser devastadores para a humanidade, fazendo com que as pessoas tomem decisões erradas e equivocadas em determinados momentos.

Mas, afinal, o que é fake news?

Divulgar mentiras como verdades é algo que pode ser visto como uma brincadeira em alguns casos, como em 1º de abril, o Dia da Mentira.

Um dos casos mais conhecidos é o da emissora britânica BBC, que resolveu pregar uma peça no seu público e disse que o governo do Reino Unido trocaria o mecanismo dos ponteiros do Big Ben – o relógio mais famoso do mundo -,  por um mostrador digital.

Como se a substituição não bastasse, os ponteiros do grande relógio seriam dados à primeira pessoa que ligasse para a rádio da BBC, o que gerou milhares de ligações para a emissora. Tudo não passou de uma brincadeira e a BBC  teve que se explicar durante suas programações.

O problema das fakes news é que elas estão muito além de uma pegadinha, porque são capazes de se integrar e fazer parte da vida e do imaginário das pessoas. E, claro, a partir dessas notícias, mais narrativas são criadas e a mentira só tende a crescer e se tornar mais complexa (e com aparência de verdadeira).

O termo fake news começou a ser utilizado nas eleições de 2016 nos Estados Unidos, em que Donald Trump foi eleito. Na época, algumas empresas especializadas identificaram uma série de sites com conteúdos sensacionalistas, envolvendo a adversária de Trump, Hillary Clinton.

Desde então, o termo se popularizou e se tornou uma das palavras mais utilizadas nos veículos de comunicação. Assim, fake news não se refere apenas a uma notícia mentirosa, mas que também se torna viral, é caracterizada pela desinformação e o exagero, e é tida como uma verdade nas redes sociais.

Perigos das fake news

Embora possa parecer inofensivo, o ato de divulgar notícias falsas traz grandes consequências, não somente para um ou outro indivíduo, mas para toda uma comunidade. Exemplos dessas consequências não faltam, e podem chegar a pontos extremos, como incentivar o preconceito e resultar em mortes! Confira alguns exemplos de consequências graves provenientes de fake news:

Risco à integridade física

Em 2014, na cidade de Guarujá, em São Paulo, uma mulher foi linchada até a morte por moradores, porque foi confundida com uma suposta sequestradora de crianças. Um retrato falado que havia sido feito dois anos antes, estava circulando na internet, e acabou levando equivocadamente até a dona de casa de 33 anos.

Perigo à segurança digital

Quantas vezes você recebeu um Whatsapp ou e-mail te convidando para  experimentar uma versão premium do aplicativo ou para receber brindes de alguma marca famosa? Quem sabe uma proposta de emprego em uma empresa incrível ou uma fatura de um banco que você sequer possui conta?

Nesses casos, as falsas notícias costumam vir acompanhadas de um ou mais links que, ao clicar, acabam disseminando malwares e roubando logins e dados dos internautas que caíram no golpe da desinformação.

Ameaça à saúde

Desde que as vacinas contra a Covid-19 começaram a ser produzidas, muitas informações falsas foram compartilhadas na internet, incentivando a população a não se vacinar, sob o falso argumento de que os imunizantes teriam substâncias nocivas ao corpo humano.

Como consequência, tivemos uma população desconfiada e resistente a tomar a vacina, o que era, por si só, um ponto totalmente fora da curva na cultura brasileira. E vale lembrar que, em uma pandemia, a erradicação da doença só é possível com a vacinação em massa.

Como saber se uma notícia é verdadeira?

É fato que as fake news se espalham muito rápido, enganando as pessoas e deixando-as vulneráveis em meio aos boatos e às narrativas que vão se desenrolando a partir delas. Para evitar a disseminação de notícias falsas, é preciso que cada um faça a sua parte, certificando-se da veracidade do conteúdo antes de compartilhar.

Se você ainda não sabe como discernir uma notícia falsa de uma verdadeira,  separamos algumas boas práticas para combater a desinformação:

  • Antes de compartilhar, leia toda a notícia, assim você conhecerá o teor da informação e evitará a divulgação de conteúdos imprecisos;
  • Pesquise sobre a notícia no Google, há sempre sites disponíveis capazes de atestar ou não a sua veracidade;
  • Verifique a data da publicação e veja se ela é recente e coerente;
  • Analise a fonte da notícia, verificando se a informação está atrelada a um site confiável;
  • Consulte órgãos oficiais para avaliar a confiabilidade do fato;
  • Fique atento: informações falsas costumam ter erros ortográficos, títulos sensacionalistas e URLs duvidosas;
  • Avalie o conteúdo em sites de checagem, que possuem profissionais que analisam e identificam possíveis fake news, como Agência Lupa, Fato ou Fake e Aos Fatos.

Combater fake news pode ser bem mais difícil do que pensamos,  porque, ao receber um conteúdo diferente e que parece ser capaz de chamar a atenção, a tendência é compartilhá-lo com o maior número possível de pessoas.  No entanto, não faça isso! Siga as nossas dicas e não contribua para a desinformação no seu ambiente de trabalho ou em qualquer outro lugar.Gostou do conteúdo? Para saber sobre esse e outros assuntos, continue acompanhando o blog Profissas!

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