Carreira

O futuro das profissões – Quais são as habilidades do futuro?

Você se lembra de quando era bem pequeno e ouvia as pessoas contando que você era o futuro do país? Bem, o futuro não poderia estar mais presente, mas ainda nos traz reflexões sobre os dias a seguir. Somos mesmo o que deveríamos ser? Ou ainda não somos a geração que deu certo?

Tecnologicamente falando, evoluímos muito nos últimos vinte, trinta anos. Ainda está fresca na memória de muita gente a lembrança de que, quando éramos crianças, o futuro se parecia com uma cena do desenho dos Jetsons: carros voadores, robôs para todos os lados, tecnologia a mil.

Bom, tirando os carros voadores (que são totalmente dispensáveis pela existência dos helicópteros, aviões e foguetes, mas que, ainda assim, seriam uma boa), todo o resto do avanço tecnológico parece ter se concretizado. Os robôs estão aí, a inteligência artificial tomou conta dos nossos aparatos diários e temos o suprassumo da tecnologia ao nosso alcance quando nos lembramos que existe um computador poderoso no bolso da calça: o smartphone.

(Aliás, outro dia eu estava lembrando do início dos anos 2000, quando uma operadora telefônica (não vamos fazer propaganda gratuita) fez uma promoção para 31 anos de ligações gratuitas aos fins de semana. O que, na época, vendeu muito telefone, hoje é considerado inútil. Muitas operadoras dão ligações ilimitadas a qualquer dia da semana sem cobrar nada por isso – e o telefone de muita gente até liga pros outros, hein! Essa funcionalidade ainda existe.)

Ou seja: tecnologicamente falando, estamos bem, obrigado – e prontos para alçar voos ainda maiores (quem sabe de carro ou hoverboard). Mas não é porque conquistamos tudo isso que o mundo humano parou.

Ao contrário: é cada vez mais importante conservar nossas habilidades culturais e profissionais para conseguir um lugar ao sol frente a tantas novidades, principalmente quando prevemos que existe inteligência artificial de ponta atrás da curva – e ela pode extinguir vários empregos a qualquer momento.

Para que isso não ocorra com você, é preciso ser esperto e estar antenado em um novo conceito, chamado “habilidades do futuro”. Essas duas palavras serão a chave para a conquista de oportunidades cada vez melhores daqui pra frente.

Lembra que fizemos um texto sobre soft skills que não podem faltar no currículo? Agora é hora de complementá-lo com mais habilidades do futuro, aquelas que farão tanta diferença (ou mais) na hora de uma contratação quanto quantos diplomas você tem e quais são suas especializações técnicas.

Afinal, o robô já dá conta de fazer quase tudo o que é técnico, mas ser flexível, por exemplo, é uma coisa que ainda precisam ensinar a ele. E, bem, a gente já sabe – o que é uma baita vantagem competitiva. 😉

Veja aqui embaixo a listinha das habilidades do futuro – e, se ainda não domina alguma delas, não há melhor hora para aprender do que agora. Como diz aquela música de uma emissora (que também não vamos falar o nome), o futuro já começou. A quem ficar pra trás só vai restar chorar o leite derramado.

Não seja uma dessas pessoas.

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Flexibilidade

De horários, de pensamentos, de aprendizado. Nenhuma máquina, nem a que recebe a

De horários, de pensamentos, de aprendizado. Nenhuma máquina, nem a que recebe a melhor inteligência artificial disponível, consegue ser flexível com tanta… flexibilidade, para sermos redundantes e honestos, como o ser humano.

Sabe aquela música sobre ser uma metamorfose ambulante, aprender a adaptar o pensamento e se adaptar às situações? Ela virou o mantra do futuro.

Quanto mais você demonstra abertura para se adaptar a mudanças, mais terá lugar em um mercado que precisa de gente proativa e curiosa o suficiente para se lançar em mares que não eram, necessariamente, a sua primeira opção.

A flexibilidade é uma das habilidades do futuro que puxa todas as outras a seguir.

Criatividade

A mesma linha de raciocínio da flexibilidade também serve para a criatividade: ainda que a inteligência artificial já consiga ensinar às máquinas a pensar criativamente, isso não ocorre de forma tão orgânica e rápida quanto rola com a gente.

Enquanto lê esse texto, por exemplo, você já pensou em várias outras coisas que fazem parte do seu universo, da sua realidade e que, enquanto estiverem no seu pensamento, são só suas. É o reflexo da sua experiência de vida transformada em insights para novas criações.

Isso é muito singular e objetivo, e nenhuma máquina (ainda) tem o poder de competir com isso.

A sacada, aqui, é parar de se julgar não-criativo só porque você não tem talento para as artes ou a imaginação fértil de um humorista de stand-up comedy. Criatividade não é um luxo para poucos e nem algo que você aprende a ter ao se sentar em uma cadeira universitária: essa é uma das características mais orgânicas, viscerais e verdadeiras que temos.

Todos nós nascemos com a capacidade de criar, de inventar. Só precisamos praticar isso para conseguir melhores colocações no mercado.

Atitude positiva

Não, isso não é mais uma palestra TED Talk sobre gratidão. Sabemos que a palavra está gourmetizada e acreditamos que ter uma atitude positiva vai muito além do que passar o dia agradecendo às pessoas ou entidades as coisas a sua volta.

Atitude positiva é, também, uma resposta do nosso corpo e mente ao que o mundo vem se tornando ao nosso redor.

Funciona assim: o mundo anda chato e, por vezes, odioso. Por isso, empresas de todos os portes ao redor do mundo precisam de gente com atitude positiva para enxergar, e construir, um futuro melhor que o presente. Essa é uma das habilidades do futuro mais especiais nos dias de hoje.

Mas, atenção: não falamos de sair pregando frases motivacionais nas paredes do escritório ou viver no mundo de Poliana. A atitude positiva é similar a fazer uma leitura de cada situação e conseguir ver, nela, as soluções para concluir que o copo está sempre meio cheio.

A atitude negativa pode até passar em um processo de seleção (se estiver bem escondidinha, inclusive), mas não vai ser bem remunerada no futuro. Reflita.

Responsabilidade

Sabe quando você era criança e queria muito ser adulto, pra ter independência, decidir sobre sua própria vida e comer a sobremesa antes da janta?

Parabéns: seus desejos foram atendidos!

Vida de adulto não é fácil, e é por isso que a gente tem que conservar viva a criança que mora dentro da gente. Só assim vamos orgulhar, no futuro, o baú de sonhos que um dia todos nós fomos. Contudo, é imprescindível que, para fazer parte do futuro, você abrace a principal característica de ser crescido: ter responsabilidade.

Não que crianças não tenham responsabilidade, mas essa característica, na vida adulta, deixa de ser opcional para virar obrigação. Inclusive, vale te falar aqui, agora, na lata, que ninguém vai te jogar confete por ser uma pessoa responsável, porque é exatamente isso que você precisa ser se quiser desempenhar bem a sua carreira.

Seja para trabalhar em uma empresa, ser autônomo ou empreendedor, sem responsabilidade você não vai chegar longe. Afinal, é ela quem garante a você – e aos outros – o comprometimento com o trabalho a ser realizado.

Independência

Já reparou que nos Estados Unidos o Dia da Independência é um acontecimento gigantesco? Talvez isso seja um reflexo do quanto os estadunidenses são comprometidos com esse valor, que tem tudo a ver com autonomia de escolhas e responsabilidade para ir pelos caminhos certos e/ou adequados.

Por mais que muitas empresas não garantam autonomia, propriamente dita, na tomada de decisões, independência você tem que demonstrar como uma grande habilidade. E não só a financeira ou a gerencial, mas a emocional também, que é a que vai definir seus passos dentro de uma ou várias empresas.

É ser independente para buscar o crescimento, um novo aprendizado, um conselho, é ser independente para propor novas ideias, para fazer novos amigos e contatos e, principalmente, para escolher entre tomar as rédeas da sua própria vida ou dá-las a outra pessoa.

E, se você estiver tendendo a escolher pela segunda opção, a próxima habilidade é obrigatória.

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Proatividade

No futuro, que (já te demos esse spoiler) é o hoje, na verdade, ninguém vai ficar te falando o que fazer o tempo todo. Você é responsável, independente, por que esperar que alguém te pegue pelo braço e te aponte onde ir, o que fazer e como se comportar?

Ou seja: não há opções, as rédeas da sua vida estão apenas nas suas mãos.

E, se você for ficar esperando alguém te instruir, te orientar ou te dar uma ordem a cada passo que der, vai ficar parado no tempo – e, quando perceber, ficou preso no passado, ao invés de ir correndo para o futuro.

Portanto, a partir de hoje, não espere ninguém deixar ou sugerir: faça. É claro que, se você trabalhar em um lugar onde toda decisão deve ser tomada em nível hierárquico, precisa respeitar essa corrente. Contudo, o simples fato de levar uma ideia possível a seu gestor, antes que ele te peça ajuda para alguma solução, já demonstra a proatividade que o mercado procura desesperadamente nos dias de hoje.

Agora que você já sabe quais são as habilidades que o futuro espera de nós, conta pra mim: quais delas você ainda tem que desenvolver um tiquinho ou um tantão, e quais você já domina com pós-doutorado?

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