O medo é uma constante. Ele já vem embutido na atualização Homo Sapiens Sapiens.
E isso acontece porque, sem ele, não duraríamos muito tempo nesse mundão louco.
O medo é um conjunto de hormônios liberados no seu corpo com a única e exclusiva intenção de fazer você pensar:
EI, ISSO PODE DAR MERDA!
Ele serve pra que você entenda melhor cada situação do seu cotidiano, avaliando o risco (e risco é diferente de medo) de algo te afetar negativamente.
Isso é ótimo! Um belo sistema para nos manter vivos e perpetuar nossa espécie. Receba bem seu medo, ofereça-lhe um café ou água e bata o maior papo com ele. Afinal, sem esse companheirão de aventuras, você poderia não estar aqui, agora, lendo este e-mail.
O problema é que, apesar de nos gabarmos de sermos “animais racionais”, a grande maioria de nossas ações são embasadas nas nossas emoções, sem que consigamos explicar porque.
Se eu te fizer dissertar sobre porque tem medo de algo, provavelmente você vai se embananar todo pra se justificar e, no fim das contas, vai ter vontade falar algo como “o medo é meu e eu faço o que quiser com ele. Me deixa!”
Mas, já que ter Coragem é sobre saber lidar com nossos medos – e agir, mesmo ao temer –, precisamos olhar para esse velho amigo com sabedoria, intenção e profundidade.
O que fazer, então?
Chegou a hora de enfrentar seus medos de frente e decidir se eles ainda te pertencem como análise de risco ou se são só um obstáculo para que você chegue onde quer.
Para isso, te propomos fazer uma tabela em que as colunas sejam
MEDO | POR QUE? | QUAL A REAÇÃO? | QUAL A AÇÃO?
Embaixo, coloque a linha da REPETIÇÃO para mostrar a si mesmo quantas vezes esse medo se repetiu.
Veja o exemplo do medo de “terminar um relacionamento”:
A partir desse quadro, liste cinco momentos da vida em que você teve muito medo.
Para cada um deles, responda: Por que tive medo? Ele tinha fundamento ou era tudo coisa da minha cabeça?
Depois, coloque na tabela qual foi sua reação perante o medo: você agiu? Não agiu?
Por fim, lembre-se de qual foi a ação gerada por esse medo. Se agiu para combatê-lo ou expurgá-lo, o que te fez agir? Se não agiu, como tomou essa decisão?
O final da prática visa entender se esses medos se repetiram ao longo da sua vida – e se são de constante repetição de padrões. Os que se repetem ganham uma estrela no quadrado de repetição, e você deve se atentar a eles.
Como isso pode me ajudar?
Essa prática vai te fazer olhar de forma nua e crua para o medroso/a que você é.
Não fuja desse adjetivo, pois encará-lo vai diminuir, cada vez mais, seu impacto sobre você.
Assim como suas qualidades, saber seus defeitos e ‘probleminhas’ é um super diferencial. Saiba, na ponta da língua, o que te amedronta, para que isso te ajude a identificar o medo e, com o tempo, superá-lo.
Duvida? Então coloca em prática e conta pra gente o que aconteceu!