Será que sua empresa está preparada para as mudanças que estão acontecendo no Brasil e no mundo? A sociedade passa por grandes transformações, possibilitando que mais e mais pessoas tenham oportunidades iguais, independentemente do sexo, etnia, idade, deficiência, religião e demais características que já foram vistas (erroneamente) como barreira para a participação no ambiente social, cultural e de empregabilidade.
Você, provavelmente, já se deparou com duas palavras que têm ganhado notoriedade nos últimos anos: diversidade e inclusão. A primeira refere-se aos aspectos das diferenças humanas, já que nenhuma pessoa é igual a outra. Cada um tem sua cor, status socioeconômico e orientação sexual, e está tudo bem.
Já a inclusão diz respeito à forma como as pessoas são tratadas nos ambientes que elas frequentam, ou seja, o quanto elas são respeitadas, aceitas, valorizadas e incentivadas.
Em outras palavras, inclusão e diversidade devem caminhar juntas, já que de nada adianta uma organização ter em seu quadro de funcionários pessoas de várias idades, formação e outros aspectos visíveis e não dispor de ações para que elas se sintam acolhidas e incluídas no ambiente de trabalho.
É aí que entra a comunicação, uma ferramenta poderosa e capaz orientar indivíduos e grupos em relação às diferenças. É na comunicação inclusiva que se dá a construção de um espaço de trabalho mais criativo, inovador e humano.
Mas, o que vem a ser comunicação inclusiva?
Diante das transformações ocorridas em vários setores da sociedade, refletindo, em especial, nas organizações, a comunicação deve se adequar ao novo cenário, permitindo acessibilidade de informação a todos os públicos.
Nesse sentido, a comunicação inclusiva é aquela que trata do compartilhamento de informações de uma forma que todos possam entender e participar dela. Isso quer dizer que as empresas reconhecem que os colaboradores se percebem e se expressam de diferentes formas.
Vale ressaltar que não se trata de inserir pessoas de determinados grupos e postar nas redes sociais que a empresa é inclusiva, só para ficar bonita na fita, mas sim apontar novos caminhos, trazer conceitos inovadores e abrir a percepções para o que está fora da nossa realidade.
Podemos citar por exemplo, organizações que fazem campanhas internas voltadas para o visual, com muitas luzes, imagens e interações tecnológicas, mas se esquecem dos empregados com deficiência visual que não terão o mesmo entendimento da mensagem como as demais pessoas. Ou seja, a comunicação não foi inclusiva, deixando de fora um público significativo para o negócio.
Para que situações assim não aconteçam nunca mais, apresentamos 3 dicas de comunicação inclusiva para serem implantadas na sua empresa.
1 – Defina o que é diversidade e inclusão
As palavras diversidade e inclusão caíram no gosto dos empresários que, pelo fato de contratarem profissionais do chamado grupo minoritário, já se considera uma organização inclusiva.
Mas, para chegar nesse patamar, o caminho ainda é longo. Isso porque as pessoas não internalizaram tais conceitos e a força que eles têm para uma convivência harmônica e respeitosa.
Antes de elaborar qualquer ação, é preciso questionar como a empresa, funcionários e consumidores da marca enxergam diversidade e inclusão. Somente a partir dessa definição será possível construir estratégias de comunicação mais sólidas e eficientes.
As pesquisas e a tecnologia podem auxiliar a mapear o perfil de cada público ao coletar informações a respeito das percepções de temas ligados ao assunto. A partir daí, ações e campanhas passam a ser direcionadas de maneira correta para abranger todos os perfis.
2 – Considere a interseccionalidade
Para que a comunicação tenha o efeito esperado, os conteúdos utilizados devem refletir a realidade do mundo ao redor. Não adianta gerar materiais de campanha com frases ou imagens de efeito, do tipo “ aqui abraçamos as diferenças”, sendo que o número de empregados que se encaixam em minorias é inexpressivo no quadro de pagamentos.
Ao investir na comunicação inclusiva, a gestão precisa reconhecer a interseccionalidade (sobreposição) das identidades das pessoas, garantindo assim campanhas que representam a pluralidade da sociedade.
3 – Avaliar os termos usados nas campanhas
A linguagem é muito dinâmica e evolui com a passagem do tempo. Por isso, não se apegue a termos do passado que podem parecer “normais”, mas que trazem uma carga preconceituosa e ofensiva sem precedentes.
Ao criar um conteúdo na intranet ou mesmo em uma palestra, prefira, por exemplo, a palavra homosexualidade ao se referir a orientação sexual. O termo homossexualismo tem carga pejorativa, sendo ligado à crença de que a opção sexual seria uma doença, já que o sufixo “ismo” na língua portuguesa é também utilizado para identificar patologias. Fora que o termo pejorativo em questão já é considerado errado há muito tempo – e utilizá-lo é passar recibo de que sua comunicação pode ser tudo, menos inclusiva.
Se você gostou do assunto e quer saber mais sobre como deixar sua organização ainda mais inclusiva, visite o blog Profissas. Aqui você vai encontrar conteúdos diversificados voltados para RH, treinamentos, carreiras e muito mais.