Está em busca de recolocação profissional? Hoje as empresas oferecem mais vantagens que a tradicional remuneração na folha de pagamento. No final do mês, um pacote de benefícios flexíveis podem ser disponibilizados, visto por muitos funcionários como salário indireto.
São chamados benefícios flexíveis todas as vantagens extras que um colaborador recebe do empregador além do salário líquido e dos benefícios determinados por lei, como 13º e férias. Eles abrangem uma gama de opções que vão desde a possibilidade de crescimento profissional à oferta de apoio a cursos de especialização, idiomas e pós-graduação, inclusão em projetos desafiadores, flexibilidade de horário e desenvolvimento de uma carreira internacional.
De certa maneira, esses pacotes são customizados ao contexto de vida de cada pessoa. Por exemplo: o auxílio-creche só é útil para quem tem filhos, certo? Para quem não tem criança em casa, ele não faz sentido. Nesse caso, a empresa pode incluir um convênio com academia e apoio nutricional.
Diante desse cenário, elaboramos alguns mitos e verdades sobre esse pacote de benefícios flexíveis que vêm crescendo nos últimos anos no Brasil:
O Brasil é o país que mais tem benefícios
Verdade.
Em relação a países mais desenvolvidos, como Estados Unidos e Canadá, por exemplo, contratar um profissional no Brasil é muito caro, já que existe alta incidência de impostos na folha de pagamento. Assim, o colaborador tem um grande percentual de desconto frente à remuneração bruta que lhe foi oferecida.
Nesse sentido, os benefícios acabam sendo um diferencial nas empresas, já que acabam dando liquidez ao salário dos colaboradores.
Em outras palavras, você pode até não ganhar conforme a sua produtividade, mas deixa de gastar com outras coisas, já que a empresa oferece auxílio-escola para os filhos, custeio com veículos e estacionamento, seguro de vida, vale alimentação e plano de saúde, por exemplo.
O benefício flexível não funciona como vantagem competitiva
Mito.
Justamente por não ser engessado, esse tipo de benefício pode se tornar um diferencial para atrair e reter colaboradores. A implementação do programa de benefícios flexíveis vai personalizar necessidades conforme demanda, potencializando o engajamento da equipe e despertando interesse dos possíveis candidatos.
As pessoas buscam por empresas que oferecem não somente um salário competitivo, mas benefícios que sejam atrativos. Dentre os mais desejados estão: participação nos lucros, bonificação por desempenho, incentivos financeiros para cursos e plano de saúde.
Do ponto de vista legal, essas vantagens podem prejudicar as empresas
Mito.
Existe um mito de que benefícios flexíveis podem trazer riscos do ponto de vista legal. Contudo, conforme o artigo 468 da CLT, benefícios não podem ser retirados, mas não é vetada a sua redução ou substituição, desde que não resulte em prejuízo e seja realizada com mútuo consentimento.
O maior risco, nesse caso, é quando o benefício é caracterizado como salário e, consequentemente, gera cobrança de encargos fiscais. Para que isso não aconteça é necessário ter uma política clara que norteie todos os pontos que possam gerar conflitos trabalhistas, manter uma comunicação transparente com a equipe e a escolha dos fornecedores, garantindo que não haja interpretação errônea em relação aos benefícios flexíveis.
Benefício flexível nem sempre gera custos para a empresa
Verdade.
Quando pensamos em benefícios flexíveis, estamos falando de algo que foge do convencional e pode ser um diferencial da empresa ao gerar valor para o time.
É claro que, se a empresa puder custear programas de desenvolvimento, bolsas de estudos e convênios com lojas, academias e afins, é sempre muito bem-vindo. No entanto, é possível oferecer vantagens aos colaboradores sem onerar os custos – como é o caso da folga no dia do aniversário, emendas de feriados e horário flexível, por exemplo.
Por outro lado, não adianta ter milhões de benefícios customizados e não aderir à diversidade e inclusão. Uma proposta excelente de vantagens para todo mundo, sem amarras ou preconceitos, não só atrai talentos, mas transforma a cultura organizacional por meio de vivências, singularidades e experiências de cada pessoa. Os membros do time são únicos e vão somar em suas opiniões e valores.
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