Quem você é SEM o seu sobrenome corporativo?
Sabe aquelas siglas, números e nomenclaturas? Esquece.
Sabe aqueles fornecedores que te procuravam insistentemente? Sumiram.
Sabe aquela equipe que você liderava? Esquece.
Sabe os benefícios que a empresa propiciava? Sumiram.
Sabe aquela estrutura tecnológica que você usufruía? Esquece.
Sabe aquela verba de marketing com várias casas decimais? Sumiu.
Parece assustador. E é.
O que você pretende fazer?
Como vai se comportar diante de um mercado que é íntimo do seu cargo, mas nem sabe o seu sobrenome?
Que história você vai passar a contar?
Como você vai enfrentar o competitivo e desafiador mercado de trabalho, até então desconhecido, e com o qual você só vai se deparar, e se preocupar, depois que sair do ambiente ritmado e “seguro” que estava acostumado?
Como vai conseguir se diferenciar?
Até aqui, em sua carreira, você trabalhou para ser disputado pelo mercado ou apenas atuou para entregar resultados para a sua empresa?
“Sua empresa”? Como assim? E o que fazer quando esta empresa não for mais “sua”?
Você vai tentar se recolocar ou empreender?
Eis a questão! Ou melhor, uma delas.
Além de definir o “o que” ainda tem o “como fazer”.
O filósofo Eric Hoffer destacou em seu livro “Reflections on the human condition” a necessidade de sermos eternos aprendizes. “Em um tempo de mudanças drásticas, são os que aprendem que irão possuir o futuro”. A obra foi impressa em 1973.
Ele era um visionário.
Costumo dizer que devemos aprender com tudo e com todos. O tempo todo.
Já fez cursos para aprimorar suas soft skills?
Você realmente acha que isto vai bastar?
O escritor Seth Godin cunhou o termo “real skills” (“habilidades híbridas”).
Trata-se de uma combinação das “hard skills”, relativas aos conhecimentos específicos da sua área, com as “soft skills”, os comportamentos socioemocionais. Neste conceito, não há uma sem a outra; as duas “skills” devem conviver pacificamente e interagir de forma harmônica para potencializar benefícios reais.
De acordo com Ricardo Basaglia, diretor-geral da Michael Page, oito habilidades são difíceis de desenvolver, mas trazem resultados fantásticos:
1- Falar em público
2- Gestão do tempo
3- Ter empatia
4- Não falar da vida dos outros
5- Ser honesto consigo mesmo
6- Parar de reclamar
7- Viver o presente
8- Não se incomodar com opinião alheia
Então, como começar? Pelo item 5, “Ser honesto consigo mesmo”, que engloba o tripé, formado pelo autoconhecimento, passando pela autoestima e culminando na autoconfiança.
É prioritário entender e valorizar quem você realmente é!
Seu sobrenome é a sua marca, seu valor, seu diferencial.
Suas histórias e vivências são pessoais, ímpares e intransferíveis.
Portanto,
Tenha um propósito genuíno.
Construa um networking realmente poderoso.
Fortaleça a sua marca profissional, seja referência.
E esteja na mente do mercado.
Simples assim. O que complica é a execução.
Vale a pena se inspirar nas palavras de Aristóteles:
“É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer”.
A presença digital adequada impacta diretamente na forma como você é percebido.
Utilize o Linkedin, a maior rede profissional do mundo, virtual e gratuita.
No Brasil, são 49 milhões de usuários e 499 mil empresas cadastradas.
É uma valiosa ferramenta para se destacar: possibilita disseminar e absorver conhecimentos, interagir de forma orgânica e solidificar a reputação.
Não se contente apenas em criar um perfil “campeão”, isto é básico.
Vá muito além: torne a sua página viva, interessante e diferenciada.
Seja útil e relevante, contribua para estimular trocas enriquecedoras.
Reflita em seus conteúdos as tendências positivas do mundo real.
Estabeleça uma disciplina diária.
O processo é gradativo, contínuo e evolutivo, mas também indispensável.
Faça o melhor com o seu cargo.
Faça muito mais com o seu sobrenome.