Muito se fala sobre as “habilidades do futuro”.
Entretanto, não podemos falar do futuro sem destacar o presente, não é mesmo? Dessa forma, gosto de afirmar que as habilidades do momento são as do “agora”.
Mas, para refletirmos sobre as habilidades do agora, precisamos falar de mudanças e uma jornada constante de aprendizado.
Mas como assim? O que é preciso mudar? Mudar para onde? Fazer o quê?
Qual é a nova fórmula que fará minha vida alavancar?
Como saber o que consumir em meio a tantas informações e desinformações?
Não se trata somente de mudanças tecnológicas, mas também de mudança humana impactada pela tecnologia.
São transformações que exigem novas formas de ser, enxergar, perceber, executar e aprender.
Mas e aí? Quando te provoco a mudar, o que sente?
Desconforto, medo ou animação?
Você pode estar se perguntando: por que preciso sair de onde estou agora, com conforto e estabilidade, para me lançar em cenários incertos?
Não seria muito mais prático ficar onde estou e colher o que já plantei, em vez de ficar inventando milhares de coisas novas para fazer?
Acontece que a praticidade e a zona de conforto podem trazer consequências incalculáveis para nós e nossa vida em sociedade.
A mudança é o que move o mundo!
Novas ideias, formas de fazer e transformar o cotidiano.
Caso contrário, estaríamos na idade da pedra. Concorda?
A espécie humana se difere de todas as outras por sua capacidade de imaginar.
É assim que ela cria soluções para os problemas atuais, tentando predizer o que o futuro vai nos trazer.
Por isso é tão importante responder “por que preciso mudar?” e “o que é preciso fazer?” com muita responsabilidade e consciência.
Afinal de contas, não seremos os últimos moradores desse planeta.
Se não fizermos a nossa parte, quem virá depois de nós pode ter um problema enorme para lidar.
E não é só isso!
Nossa própria existência não vai ser tão interessante e confortável se ficarmos sempre adiando as coisas!
Do VUCA ao BANI: o mundo das incertezas
O mundo é um lugar complexo e, por mais que muitas pessoas vejam essa palavra com um viés negativo, ser complexo não precisa ser necessariamente ruim.
Ruim, de verdade, é fingir que nada está acontecendo. Ou pior: pensar que pode lidar com tudo o que está acontecendo.
Não cometa o erro de achar que está bom do jeito que está e que não precisa fazer mais nada!
A pandemia da COVID-19 nos mostrou o contrário.
Reforçou o já conhecido mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo), do acrônimo das palavras Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity.
Trouxe também um novo termo, o BANI, já que o conceito “VUCA”, sozinho, não conseguiu acompanhar as transformações decorrentes da pandemia.
O BANI é uma evolução que veio para explicar o mundo após o início da COVID-19. Nele, acrescenta-se os sentimentos de fragilidade, vulnerabilidade e ansiedade, do acrônimo de Brittle, Anxious, Nonlinear e Incomprehensible.
O BANI é esse mundo que nos causa medo e traz incertezas, em que tudo parece estar desordenado.
A minha dica é: abrace a estranheza do surgimento de tecnologias, culturas e experiências para mergulhar em novas formas de pensar e entender o mundo.
Só assim você será uma pessoa capaz de criar planos de ação mais efetivos e adaptáveis às situações e problemas que surgem na vida profissional e pessoal.
Seja uma pessoa aliada ao conhecimento
Você consegue se lembrar da última vez que aprendeu algo novo?
Quando faço essa pergunta, muitas pessoas resgatam memórias da infância, como andar de bicicleta.
Ou até mesmo se lembram da pandemia, quando tiveram que aprender a trabalhar com novas ferramentas na empresa , por exemplo.
Mas se eu te disser que a última vez que você aprendeu algo novo foi hoje?
Ou, mais especificamente, há alguns segundos?
Não se assuste, juro que é verdade!
Você levaria 60 dias para ver todos os stories publicados no último minuto no Instagram. E nada menos que 82 dias para ver todos os vídeos publicados ontem no YouTube.
Essa é nossa velocidade de produção e aprendizado. Nem todas as coisas são úteis, é verdade.
Mas, se você prestar atenção, sempre tem algo novo que pode servir de material para o desenvolvimento das “habilidades do agora”.
Então, aproveite cada momento para aprender.
Não de uma maneira exaustiva, que torne o conhecimento uma obrigação. Mas de uma forma constante, sustentável, e que agregue valor profissional e pessoal.
Nessa busca pelas habilidades do agora, sou um verdadeiro defensor do Lifelong Learning, que significa educação contínua.
O Lifelong Learning faz referência à busca constante por novos aprendizados e está ligado a quatro pilares: aprender a conhecer, a fazer, a conviver e ser.
O primeiro pilar significa desenvolver o interesse em adquirir conhecimento pelo prazer de aprender e não apenas por obrigação, como estudar para um vestibular. Diz respeito à curiosidade de cada pessoa em explorar formas de aprendizado.
O segundo pilar do lifelong diz respeito à capacidade que a pessoa tem de colocar o conhecimento em prática.
Já o aprender a conviver, no terceiro pilar, faz parte das trocas nas interações sociais. Dar e receber feedback é um exemplo. Receber uma avaliação negativa faz parte do processo e não é algo que deve ser levado para o lado pessoal.
Por fim, o quarto e último pilar: o aprender a ser. Significa se colocar como responsável pelo próprio aprendizado. Exige autoconhecimento, iniciativa, autonomia, responsabilidade, entre outras competências.
Em minha jornada, o aprendizado envolve horas de dedicação ao lazer e ao trabalho.
Quando crio esse equilíbrio entre as áreas da vida, logo noto uma diferença assustadora no meu ritmo de absorção de conteúdos e desenvolvimento das minhas habilidades.
E aí, que tal continuar aprendendo?
Tudo vai depender da forma como você cria sua rotina de estudos.
Eu tento levar meu dia-a-dia de maneira leve e curiosa. O aprendizado fica muito mais fácil e natural.
Seja água: aceite as mudanças do mundo e saia fora da caixa
Estamos em pleno século XXI!
É importante que as pessoas entendam, de uma vez por todas, que a mudança não é uma mera escolha, mas sim uma questão de sobrevivência.
Ou seja: se elas não mudarem o jeito de ver as coisas e de absorver o conhecimento, ficarão para trás.
E essa sensação de não acompanhar é tão prejudicial que até já deram um nome para ela: FOMO, ou Fear of Missing Out.
Em português, é o “medo de estar perdendo alguma coisa”.
E como podemos resolver esse medo? Acompanhar tudo a todo tempo?
Não! Por favor!
Senão a gente acaba enlouquecendo de vez.
Tenha consciência que você não vai conseguir acompanhar todas as complexidades do mundo.
Saber disso é o primeiro passo para desenvolver as “habilidades do agora”.
É preciso entender que os acontecimentos não são mais sequenciais e previsíveis.
E ainda temos mais uma realidade: a aceleração dos eventos. As coisas que sabemos estão mudando a uma velocidade impressionante.
Por isso, o apego aos velhos comportamentos não vai levar ninguém a novos caminhos.
Volto a falar da COVID-19.
Um evento tão assustador, em plena era da informação, não veio para deixar todo mundo em casa esperando a vida passar.
A pandemia veio para tornar as coisas mais caóticas, movimentadas e bagunçadas.
E, quem teve a chance de olhar para dentro nesse período, viu inúmeras insatisfações pessoais e profissionais surgirem.
É sobre “tal mudança” e as adaptações que precisamos fazer.
Gosto de mencionar uma frase de Bruce Lee que diz o seguinte: “Esvazie sua mente. Seja sem forma, sem formato. Como a água! Se você coloca água em um copo, ela se torna o copo.
Se você coloca água em uma garrafa ela se torna a garrafa. Se você a coloca em uma chaleira, ela se torna a chaleira.
A água pode fluir mas também pode se chocar.
Seja água, meu amigo!”
Ser água é se moldar ao momento, ao que o contexto proporciona, é ter flexibilidade e transparência.
É correr sempre em direção ao novo, ao grande mar onde tudo é cada vez mais complexo, caótico e, exatamente por isso, maravilhoso. É se autoconhecer!
Você se considera água?
Está se adaptando conforme o tempo passa? Ou desistiu de acompanhar todas essas tendências de futuro para aproveitar o presente como lhe convém?
Um conselho: exercite diariamente sua capacidade de mudar as coisas e aprender (a conhecer, a fazer, a conviver e a ser)
Arrume novas maneiras de desenvolver uma atividade, busque alternativas diferentes para solucionar os problemas, veja o mundo sob outras perspectivas.
Saia da caixa: participe de cursos, leia livros, faça viagens, entre outras formas de expandir seu conhecimento.
A construção das “habilidades do agora” não acontece de uma hora para outra.
Sua jornada pode (e deve) ter um começo, mas nunca o fim!
E aí? Vamos “ser água” juntos?
O diferencial é ser mais humano
Se você chegou até aqui pensando que as “habilidades do agora” estão relacionadas ao surgimento de novas tecnologias, errou!
As “habilidades do agora” – e também do futuro – estão relacionadas a ser o mais humano possível.
É saber gerenciar e expressar suas emoções, dominando todas suas potencialidades.
Usar as tecnologias já não é mais um diferencial.
É algo que todas as pessoas devem saber para performar em qualquer área de atuação.
A tecnologia é um aparato para otimizar os processos. Entretanto, o start depende de você!
Hoje, o imprescindível é saber lidar com os desafios e mudanças que irão surgir na sociedade, conduzindo os processos com harmonia e criticamente.
O fato é: sua vida e sua carreira irão mudar completamente no futuro!
Você pode não saber como elas serão, mas pode aprender certas habilidades úteis em qualquer momento.
Então, se você deseja acompanhar as mudanças no mundo, aposte (hoje e sempre) nas habilidades humanas.
Aqui na Profissas, por exemplo, levamos conteúdos exclusivos para você e seu negócio acompanhar essas transformações do mercado de trabalho.
São programas corporativos, eventos, encontros e conexões com talentos para as pessoas que desejam seguir nessa jornada de Ser Água, levando as tendências e novidades para sua empresas!
E aí, o que acha de seguirmos juntes nessa jornada em direção ao aprimoramento das habilidades humanas?
Se você não fizer isso, alguém vai fazer por você!
Conheça mais sobre os programas da Profissas nos acompanhando por aqui, no Blog da Profissas, e também pelo LinkedIn, Instagram e Spotify.